quarta-feira, 4 de julho de 2012


                                   Uma método eficaz em tratamento        



O dependente incorporou substâncias psicoativas no seu estilo da vida com tal profundidade que se torna quase impossível imaginar uma forma de viver sem essas substâncias. A meta do tratamento é uma profunda mudança de personalidade, para uma percepção do mundo que visa um estilo de vida em que a utilização de substâncias psicoativas não é mais atraente.
O foco do tratamento é como viver, não só não usar.
Não temos a resposta exata para cada indivíduo, pois o ser humano é uma infinidade de complexidades. Por isso colocamos os dependentes num ambiente que tem a máxima probabilidade de encontrar as respostas para seu caso. Isto inclui:
  • Rever sua história num contexto grupal com outras pessoas com o mesmo problema.
  • Um plano de tratamento individual baseado nos Doze Passos de Alcoólicos Anônimos, com tarefas específicas, enfatizando os primeiros cinco passos. Utilizamos os Doze Passos porque é uma abordagem espiritual, não religiosa que, depois de 65 anos e pelo mundo inteiro, tem sido a metodologia mais eficaz para tratar dependência.
  • Atividades grupais como palestras didáticas, leituras, dinâmicas, grupos terapêuticos, vídeos, hidroginástica, educação física e trabalhos manuais.
  • Plano de pós-tratamento, para se integrar no seu contexto social com uma nova visão em que o uso de substâncias psicoativas não tem atração
Alguns fatores que podem facilitar as mudanças.
  1. Estabeleça regras claras e as conseqüências para qualquer quebra dessas regras.
     
  2. Inclua nas novas regras todos os membros da família e não apenas o dependente.
     
  3. Deixe que todos assumam responsabilidades pelo bem-estar comum, de acordo com o amadurecimento e a disponibilidade de cada um.
     
  4. Observe todos os filhos, tentando perceber mudanças de comportamento e fazer correção de rota, quando a mudança não for para a direção desejada.
     
  5. Não faça do dependente a lata de lixo da família.
     
  6. Quando for necessário um confronto, planeje-o com a ajuda de profissionais. Pense no objeto final a atingir e defina a estratégia para atingi-lo.
     
  7. Defina o que, como e quando falará. Selecione sempre as alternativas possíveis e viáveis e apresente-as aos filhos, deixando que eles escolham. O parâmetro é estabelecido pelos pais, que determinam as possibilidades, mas isso dará aos filhos a sensação de ter escolhido, comprometendo-os com a escolha.
     
  8. Faça ou proponhas-se apenas ao que estiver preparado,. Não ameace, seja firme.
     
  9. Defina para si as conseqüências para o não-cumprimento de normas e
    limites estabelecidos. Esteja preparado para mantê-las.
     
  10. Use a criatividade e a surpresa. Caso contrário, seus filhos poderão decidir que vale a pena pagar o preço pela transgressão.
     
  11. Não tenha medo de manter uma punição. Não receie o julgamento social, porém é melhor, nesse caso, ser considerado severo do que passivo.
     
  12. Prepare-se para desculpas, promessa e ameaça. Mantenha-se firme.
     
  13. Não se preocupe com as reações de seus filhos perante o novo comportamento. Ao perceberem que ele se mantém, a raiva e as ameaça deixam de existir
     
  14. Não tenha pena de seus filhos. Pense que para restabelecer a saúde é preciso um remédio e seu sabor nem sempre é agradável.
     
  15. Permita que seus filhos arquem com as conseqüências de seus atos. Pense que essa é a forma de modificar sua conduta e torná-los mais responsáveis.
     
  16. Não ceda nos pontos essenciais, mesmo que a opção de seus filhos seja não aceita-los. Esteja preparado para ajudá-los quando precisam.
     
  17. Não use como punição para seu filho a ameaça de expulsa-lo de casa. Existem inúmeros outros recursos que podem e devem se usados antes da expulsão.
     
  18. A expulsão de seu filho dependente de casa é a pior situação possível. Não há lugar menos adequado do que a rua, pois ele estará à mercê de sua doença e sem qualquer tipo de ajuda